02 - San Carlos de Bariloche.
Prédio da Prefeitura de Barliloche |
Bariloche não é muito grande, para quem não conhece, ela é mais ou menos como Gramado na serra gaucha com beleza e charme semelhante porem com muito mais frio. Aqui os termômetros estão na casa do zero grau e tudo indica que vai abaixar mais, portanto vamos ter neve.
Após uma voltinha pelo comercio local já da para reconhecer a vocação deste povo, é o chocolate. Dezenas de lojas de chocolates uma mais saborosa que a outra, um verdadeiro martírio para quem estiver de dieta.
“Cerro Otto” |
Brincando na neve |
Após deixar “Villa Angostura” tomamos a ruta 234 onde já começamos a visualizar o primeiro dos sete lagos. O lago Espelho faz jus ao nome, de águas tão tranqüilas e cristalinas, forma um verdadeiro espelho e fica difícil saber onde começa ou onde termina o céu refletido em suas águas. Em seguida vem o “Lago Correntoso “, que de correntoso só tem o nome, a causa deste curioso nome se dá pelo fato que todos os seis primeiros lagos são interligados por pequenos rios, e o rio que leva as águas ao lago correntoso é agitado. Outra curiosidade é que neste rio foi encontrada uma truta de 16 kilos. Assim me contaram, não sou testemunha do fato, mas me garantiram que não é história de pescador. As águas de todos os seis primeiros lagos deságuam no Atlântico, apenas o sétimo corre para o Chile desaguando no Pacífico.
Lago Espelho |
Em “San Martim” fizemos a parada para o almoço e tivemos duas horas livres para desbravar esta limpíssima cidade, não se vê nem sequer uma ponta de cigarro pelo chão. Aqui também fiquei surpreso com o cuidado da municipalidade em não deixar desvirtuar o desenho arquitetônico de todas as construções da cidade, não sei como descrevê-la para que vocês tenham uma idéia. Imaginemos o bairro de Capivari em Campos do Jordão um pouco maior. Não existe um único imóvel que não siga este lindíssimo desenho dos Alpes europeus.
“San Martim de los Andes” |
Demos uma pequena parada no “Valle Encantado”, onde nas montanhas esculpidas pelo vento e pelas águas durante milhares de anos, com imaginação pode-se visualiza formas de figuras diversas.
Chegamos ao hotel com a alma e a mente descansada em saber que por estas longínquas terras patagônicas a natureza ainda está intocada, mas os corpos precisando de descanso, pois amanhã nosso programa será visitar o “Cerro Catedral”.
Cerro Catedral: Talvez este seja uma das estações de Ski mais famosa para nós brasileiros, e ela merece a fama porque continua linda e com muito boa estrutura.
O ônibus que sai da rua Francisco Moreno a cada uma hora e trinta minutos, custa R$ 3,00 e leva cerca de 30 minutos para chegar a “Villa Catedral”. Chegamos também com a neve caindo, o que transforma totalmente o visual deste pequeno vilarejo que vive unicamente de sua esplendida estrutura. Com inúmeras pistas de ski e snowboard de vários níveis e das inúmeras escolas de ski, sem contar com os inúmeros restaurantes, cafés e churrascarias, onde comi um churrasco de cordeiro patagônico acompanhado de um bom vinho. Foi de chupar as pontas dos dedos, estava divinamente delicioso.
Parodiando mais uma vez o comercial de TV, posso dizer que sentir a neve caindo suavemente sobre nossos corpos e toda a paisagem branca de pureza singular, realmente não tem preço.
Depois de algumas consultas com alguns moradores locais, ficamos sabendo que o “Paso Cardenal”, passagem pelos Andes entre Argentina e Chile está aberta e totalmente asfaltada, então fomos à rodoviária e compramos passagens para o Chile, custaram-nos R$40,00 cada. De lá pretendemos seguir viagem para “Puerto Montt e Pucon”. Bem isso já é outra história e depois eu conto pra vocês.
Um caloroso abraço sob uma temperatura de -3 graus negativos
Continua na página, Patagonia - Parte 03, Chile e região dos lagos.
Continua na página, Patagonia - Parte 03, Chile e região dos lagos.
Osmar e Miriam
Nenhum comentário:
Postar um comentário