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sexta-feira, 2 de março de 2012

Australia - Parte 04, A bela Sydney num dia de chuva

004 CBD under the rain
G’Day mates.
Óia eu aqui traveis.
Com o meu hábito brasileiro, é lógico que se está garoando, nem na padaria eu vou. No café da manha, a gente pega aquele pão amanhecido mesmo, passa uma manteigazinha e coloca na frigideira. Sair nem pensar!  Mas, quando a obrigação vem, não tem jeito.
Faz quase uma semana que veio uma frente fria do sul, e o tempinho não tem ajudado muito. Chove ou venta ou fica frio ou ainda pior, garoa, essa velha nossa conhecida garoa de São Paulo parece que estacionou por aqui. Estragou o feriado prolongado do dia do trabalho e me deixou preso no apartamento sem vontade de sair. Porem hoje não teve escolha, o Osmarzinho foi viajar a custa da Universidade, uma semana numa ilha paradisíaca de Queensland, a ilha se chama “Lizard Island”. Eu o acompanhei até o centro para ele pegar o metro para o aeroporto. Ele foi, e eu fiquei em “down town”.
"CBD" vista de Darling Harbour
Caminhando por "CBD. Centre Business District" ou “Down Town” ou “City” ou ainda , para nós centro da cidade, é que me dei conta de como Sydney é diferente, mais agradável, mais romântica, mais charmosa, até em dia de chuva. Quem tem mais ou menos a minha idade, vai se lembrar do nosso antigo e chic “Mappin magazine” ou da “Mesbla, conforto e qualidade, maior economia e facilidade” ou ainda outros, com “Isnard onde é  fácil comprar” ou da “Sears, satisfação garantida ou seu dinheiro de volta”. Pois é, o que aconteceu com os nossos magazines dos grandes centros?  Vieram os Shoppings e eles se foram. E o centro de São Paulo ou do Rio, ficou abandonado para o comercio de segunda classe.
Sydney Mono-rail 
Aqui em Sydney, é diferente, tem a estação do metro de “Town Hall”, e os corredores subterrâneos não são apenas corredores, eles têm lojas como num enorme shopping debaixo da terra, esses corredores ligam a maioria dos grandes magazines, com o ”David Jones” o “Myer” ou a “Galeria Vitória” e o mais lindo de todos. O “Queen Vitória Building”, “QVB” como aqui ele é carinhosamente chamado. Ele é um lindo prédio centenário em estilo Vitoriano, com cinco andares, sendo três para cima e dois para o subsolo.  Por esses subterrâneos você pode passear e subir por qualquer das inúmeras escadas rolantes e surgir do outro lado dentro de um lindo magazine com mais de sete andares, ou no banco, ou num supermercado. É isso aí, você anda pelo centro da cidade num emaranhado de galerias subterrâneas ou a nível do solo, ou ainda passarelas aéreas ligando um prédio ao outro. E tem mais,  um tal “Mono-rail” que é como um trenzinho que anda a uns 10 metros de altura do solo, com estações dentro dos principais magazines ou prédios comerciais. Da pra imaginar, você descendo dentro do prédio onde vai fazer as compras ou trabalhar?
Se você conhece mais ou menos São Paulo. Imagine um trenzinho aéreo percorrendo um dos lados da  Av. Paulista, com estações no “Edifício Gazeta”, no ”Center 3”. Poder ir ao centro com estações dentro do “Edifício Coppan” ou no “Terraço Itália” ou ainda no “shopping Light” e o shopping ainda continuar por debaixo da terra e depois você subir praticamente dentro do saguão do “Teatro municipal”.  Ou ainda outros tantos prédios comerciais gigantescos que São Paulo tem. Pois é só imagina, porque aí não tem e, aqui tem.
Prédio do QVB
Sendo assim você vê que não importa se está frio ou chovendo. Caminhar pelo centro da cidade é sempre agradável.  Sentar em um caffée quentinho com ar condicionado, e com terraço todo envidraçado no elegante “QVB”, pedir um chá ou um café e deixar o tempo passar, ler o jornal ou seu livro predileto, ou fazer como eu, escrever para os amigos, e ainda ouvindo o barulhinho da chuva, vendo mulheres elegantes portando sacolas com a logomarca dos principais magazines, passando meio apressadas pelas calçadas cobertas, e os automóveis meio desfocados pelas gotas que correm nos amplos vidros das janelas do “QVB”. Parodiando o comercial de cartão de crédito: Não tem preço.
Interior do QVB
Olha, eu sou uma pessoa criada em cidade pequena, nunca morri de amores por cidades grandes e muito menos por coisas caras, mas, é lógico que gosto de lugares bonitos e elegantes, e “Down Town” é toda elegância e charme, e o que é super legal aqui, eles não têm preconceitos. Os preços não mudam porque o lugar é mais bonito. Portanto, mesmo sendo um simples brasileirinho posso me sentar em qualquer restaurante ou caffée por mais elegante que seja sem medo de pagar mais por isso. É! Aqui eu posso matar as saudades da antiga elegância de São Paulo.
Ah! Mudando de pato pra ganso, agora me veio à mente, uma coisa curiosa. O multimilionário e excêntrico inglês dono da “Virgen”, se não conhece o sujeito, ele é um quarentão dono de uma gravadora, fabrica de bebidas, emissora de TV, empresa de telefonia, empresa de aviação na Inglaterra e aqui na Austrália e acho que deve ter um pesinho aí no Brasil, porque aí tem uma empresa aérea que se chama “Azul” e ele tem uma aqui que se chama “Blue”. Seria muita falta de criatividade alguém no Brasil colocar o nome de “Azul” numa empresa aérea se não tiver ligação com a “Blue”. Pois bem, ele apareceu na Tv, todo bronzeado e dizendo que estava aqui pra curtir as garotas, o sol e lançar uma empresa seguradora de automóveis, porque o mercado aqui está em franco desenvolvimento. Daí eu pensei: Pô, aqui o numero de carros roubados é ínfimo, se comparado com o mercado brasileiro é lógico, como pode estar em franco desenvolvimento? Pois é, eu tenho a resposta. A quantidade de carrões aqui é enorme, agora imagine você por uma desgraça da vida, briga com a mulher, sair “P” da vida e bate numa Ferrari.  É meu amigo, fazendo um trocadilho idiota, o dono da Ferrari vai ferrar você. Portanto seguro contra terceiros aqui é básico. Só pra vocês terem uma idéia, quando chegamos em Sydney, nós nos hospedamos no Hotel Formule 1, que fica na William St. Próximo ao Kings Cross e umas quatro ou cinco quadras do Hyde Park. Nesse pedacinho de Avenida, tem agencias de automóveis da Ferrari, Maserati, Lamborghine,  Bentley,
Bunda, nome de luxuosa
Joalheria do Hilton Hotel

Buggatti, Jaquar, Porsche, e de quebra, uma revenda da Rolls-Royce, e é claro, todas com varias versões e modelos. Esses carrões que a gente só vê na internet ou na revista Playboy fazendo fundo pra deixar aquelas mulheres ainda mais bonitas. É, são esses mesmos, aqui tem desses carrões em toda esquina e muitos deles, dirigido por essas beldades.  Seguro morreu de velho, eu já falei pro Osmarzinho. Assim que comprar o carro, faça um seguro contra terceiro e terceira, vai que você bate no carro de alguma "Playgirl".
E a chuva continua. Porem ontem eu vi no noticiário que a partir de domingo o tempo vai firmar e esquentar, ou seja: Vai dar praia pessoal! Talvez eu vá até “Bondi ou Manly”. Vamos ver se tiver novidades eu conto pra vocês.
Um abraço meio frio pelo clima, mas, quente pelo calor humano.

Continua na página, Austrália - Parte 05, Sydney Oktober Fest
Osmar

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