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sexta-feira, 2 de março de 2012

Australia - Parte 12, Melbourne

012 Melbourne
vista de Melbourne
12 horas dentro de um ônibus, a estrada é um tapete, boa parte duplicada no começo e depois quase chegando a Melbourne ela torna a ficar duplicada. Não foi por economia que peguei o ônibus, foi pelo prazer de conhecer o interior e passar por pequenas cidades. Por menos de uma passagem de ônibus podem-se comprar passagens de avião. A “Jetstar” ou a “Tiger” são as mais econômicas e têm vôos para Melbourne a partir de A$ 69,00.
Enfim, estou em Melbourne. Pra variar esta também e uma linda cidade, mas, como vou descrevê-la? Pra quem vem de Sydney fica difícil dizer que Melbourne é mais bonita, mas também é difícil dizer que não. Digamos que uma é a Angelina Jolie e a outra é a Gisele Bündchen. Cada cidade tem o seu charme e suas pequenas peculiaridades e cada viajante tem suas preferências, seu ponto de vista e sua opinião. Bem, vou tentar expor a minha.
Estação metro-ferroviario
A primeira vista, pode-se pensar que ela e mais confusa, mais “sisuda”, mas Melbourne é uma cidade para se conhecer aos poucos. Melbourne me parece um pouco mais, digamos, “Européia”. Seus becos e ruazinhas com pequenos bistrôs, cafés, restaurantes, uma temperatura mais amena e lindas mulheres elegantemente vestidas dão para a cidade essa agradável aparência.
Mas, por falar em “becos”, aqui tem outra grande contradição de tudo que aprendemos no Brasil. Fique longe dos “becos” ou ruazinhas escuras! É um ótimo conselho que todas as mamães brasileiras dão a seus filhos, porém quando digo que na Austrália é preciso reaprender a viver, estou falando a mais pura verdade.
Becos da cidade
Se você quer realmente conhecer a cidade, então eu o convido a pegar uma tarde e entrar nos “becos” e ruazinhas mais escondidas no centro da cidade. Sente-se em um de seus bulevares com ordeiras mesinhas espalhadas e tome uma gostosa cervejinha ou saboreie um café. Descarte seu “I-Pod”, tire os fones dos ouvidos, deixe a preguiça dominar, você merece! Ouça o burburinho da cidade e os diálogos de seus personagens, o casal enamorado da mesa ao lado trocando palavras apaixonadas, o grupo de turistas da mesa em frente, rindo contando casos pitorescos ocorridos na viagem, e o executivo na mesa um pouco mais afastada, falando ao celular e com seus sócios ao mesmo tempo e excitado com seu novo projeto.
“Voyeur?”. Não, acho que não! Eu acho que é a alma da cidade sendo exposta e observada, e isso me agrada. Eu gosto de sentir a alma das cidades que visito.
Ao entrar em muitos desses pequenos bequinhos ou portinhas, tive grandes surpresas deparando-me com bistrôs ou cafés charmosos, lojas luxuosíssimas ou magazines gigantescos.
Southbank Promenade 
Outro lindo e agradável ponto é o “Southbank Promenade”, é um calçadão ao lado do “Yarra River”, se é que esse enorme complexo com jardim botânico, shoppings, restaurantes, centro de convenções, aquário com shows e pesquisas marinhas e um enorme hotel cassino pode ser chamado de calçadão. O problema é que não temos nada parecido no Brasil para que eu possa comparar e poder explicar. Para quem conhece São Paulo, imagine o rio Pinheiros ou o Tietê, despoluído com barcos fazendo turismo, atletas praticando esportes aquáticos ou canoagem. As margens do rio com jardim e calçadão com restaurantes e cafés. Os prédios e shoppings todos interligados uns aos outros num único projeto comum, e milhares de pessoas caminhando, comprando, passeando ou se divertindo com os vários artistas de rua.
Quem conhece Sydney pode comparar com o “Darling Harbour”. Quem não conhece, realmente fica difícil explicar. Quem sabe um dia alguma cidade brasileira possa ter algo parecido?
Queen Victoria Market 
O “Queen Victoria Market” é outro ícone da cidade, ele é enorme, ocupa aproximadamente três quarteirões, passamos quase um dia inteiro percorrendo as centenas de boxes e restaurantes onde é vendido tudo que se possa imaginar. Temperos do mundo todo, queijos, patês, frios, peixes, lagostas, roupas, sapatos, frutas lindas e enormes com um colorido vivo e brilhante. Enfim, não dá pra especificar tudo que se encontra neste enorme mercado, o que posso dizer é que os produtos expostos são de dar água na boca, e chegam a hipnotizar o comprador.
A “Federation Square” também nominado como “Melbourne’s meeting place” é um interessante complexo arquitetônico. Possui cerca de quatro prédios com “design” bem incomum, um é ocupado por uma emissora de TV “Centre for the Moving Image”, um pela Galeria Nacional e outros são utilizados para apresentação de projetos culturais feira de livros etc. Uma enorme área aberta com um telão digital gigantesco  e um palco. Neste “Square” é possível conectar grátis o seu “lep-top” a uma rede de internet sem fio, “Wi-Fi” com uma velocidade que ainda não conhecia.
bondinho gratis
Por falar nessa simpática palavrinha “grátis”, lembrei-me de outra coisa maravilhosa. Você já imaginou poder fazer “city-tour” ou se locomover pelo centro da cidade sem gastar um centavo? Pois bem, aqui em Melbourne pode! O sistema de transporte público utiliza “bondes”, toda a cidade é coberta por uma rede de linhas férreas com bondes bonitos e modernos, e sabe o que fizeram com os bondes antigos? Reformaram e transportam os turistas gratuitamente pelo centro da cidade. O “city circle Tram”, como o nome diz, faz um circulo nos dois sentidos cobrindo todo o chamado “CBD” “Centre Business District”. Pensa que é só isso? Não é não! Para os pontos turísticos um pouco mais afastados do “CBD”, tem um ônibus também grátis, “Tourist shuttle” com treze paradas onde pode descer ou subir, pois o ônibus passa por esses treze pontos turísticos a cada 30 minutos. Isso é que é valorizar o turista!!!
St Kilda Beach 
Sabe mais o que fizeram com esses simpáticos bondinhos antigos?  Restaurante móvel! Isso mesmo, restaurante! Três lindos bondinhos todo reformado e escrito restaurante nas laterais e no itinerário e com as mesas lotadas de clientes jantando estavam percorrendo as ruas da praia de “St Kilda Beach”.
Muita gente, incluindo eu, pensava que Melbourne não tinha praia, descobri que tem, e é um charme. Vou dar a “dica”. Pegue o bondinho “tram 96”, não se esqueça de comprar as passagens antecipadamente, custa A$3,60, mas se quiser economizar compre o “All Day Ticket”, custa A$ 6,80 e você pode usar pra ir e voltar ou passear de bondinho quanta vez quiser durante o dia todo. Chegando em “St. Kilda Beach” não dixe de conhecer a rua “Acland Street” fica quase ao lado do “Luna Park”. Nela você vai encontrar muitas lojas e barzinhos charmosos, restaurantes e doçarias de dar água na boca. Experimente os doces de massa folhada da doçaria “Monarch Cakes” é uma delícia. Esta casa foi fundada em 1934 e está funcionando até hoje, mas se preferir tem outras, como a “Acland Cakes, Le Bon Cake, ou o Europa Cake”. São todos uns ao lado do outro.
Outra dica gastronômica pra quem quiser comer bem e gastar pouco, é o “Crown  Entertainment Complex” O  Cassino, tem Buffet com comida de primeira por A$16,00 de segunda a sexta, no sábado e domingo já não é tão barato custa A$26,00, mas você pode comer tudo que agüentar. O cassino fica no “Southbank Promenade” que é o tal do calçadão.
Bem, não sei se consegui fazer você ter uma idéia do que é esta bela cidade. Depois de dez dias desbravando e caminhando por seus becos e meandros, acho que Melbourne é a Gisele Bündchen das cidades! Ou seria a Angelina Jolie? Bem quer dizer, não sei! As duas são tão lindas!!!.

Continua na página, Austrália - Parte 13, Tasmânia

Um abraço
Osmar
  

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