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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Africa do Sul - Parte 01, Kruger National Park

8 de Setembro
Olá amigos. Estamos na África, enfim chegamos ao “Kruger National Park” esta imensa área de reserva selvagem.
Chegamos em Johannesburg, aqui também chamada de Jo-burg,  por volta das 8 horas do dia 2 de Setembro e seguimos direto para o bairro de “Sandton”. Tínhamos  planejado deixar nossas bagagens no hotel e aproveitar o resto do dia para caminhar pelas ruas do centro desta imensa cidade porem, nem todo plano é 100% certo. Chegamos em um fim de semana e nada, nada mesmo, funciona no centro da cidade nos fins de semana. Nem comércio, ônibus, trens, shoppings, estação rodoviária etc. Pelas informações obtidas aqui, os vestígios de tantos anos de segregação racial, o “apartheid”, deixaram marcas que vão levar muitos anos para desaparecer.

Os brancos mais abastados que habitavam o centro, conhecido como “CBD” “Centre Business District”, abandonaram a área e seguiram para os bairros mais ao norte, como “Sandton”por exemplo. Construíram  novos condomínios,  shopping centre imensos e grandes hotéis de luxo. Visitar esses bairros é como estar no primeiro mundo.
Como somos desbravadores e curiosos, tomamos um taxi e rumamos para o “CBD” porem, só serviu para confirmar. Nada, mas nada mesmo funciona no centro da cidade aos fins de semana.
Nos dias seguintes, visitamos o museu do “Apartheid”, o Mandela Square e o enorme Shopping Centre de”Sandton”.
Nosso“bungalow”

Na segunda feira, com o terminal  voltando a funcionar, tomamos um ônibus da empresa “Intercape” e seguimos para “Nelspruit”, cidade com cerca de 200.000 habitantes.  Caminhamos pelo “Promenade centre” e parecia que éramos os únicos brancos na cidade. Nelspruit é capital de província e está estrategicamente  localizada ao lado de um dos principais portões de entrada do “Kruger National Park”. Nos hospedamos no hotel Promenade e na manhã seguinte nosso guia veio nos apanhar pois, tínhamos reserva de um “bungalow” no “Pretoriuskop Camp”, dentro do Kruger National Park.
Os safáris fotográficos organizados pelo pessoal do próprio “Camp”, são chamados de “Game Drive”, E nossa primeira saída com esse pessoal, foi para um safári noturno, onde avistamos muitos Impalas e uma grande família de elefantes.
Na manhã seguinte, nosso guia já estava com seu jipe a nossa porta para o mais proveitoso safári. Neste dia, poucas horas após termos partido, já tínhamos fotografado três dos cinco animais aqui conhecido como os “BIG FIVE” , não são os maiores, mas sim os mais agressivos. São eles: O Rinoceronte branco, o Búfalo, o Elefante, o Leão e o Leopardo, a ordem pode não ser exatamente esta, mas os três primeiros já estão gravados na minha câmera fotográfica. Pela tarde avistamos zebras, girafas, macacos, impalas e muitos outros pequenos animais. No começo da noite nos mudamos para o “Skukuza Camp”.
Hoje 8 de Setembro, levantamos as 4 horas da madrugada, (turista sofre!!), para o “Sunrise  drive”, conseguimos avistar mais 2 rinocerontes, macacos e javalis. No final da tarde, nova saída para o “Sunset drive”, desta vez avistamos várias girafas e um preguiçoso leão ao longe, deitado  sobre uma pedra na beira de um rio. Ao anoitecer retornamos ao “Camp” para descansar .
Eu particularmente, estou maravilhado com a estrutura deste parque. Para que vocês tenham uma idéia, vou apresentar alguns números. O parque mede 360 km. de extensão por 60 Km. de largura, tem cerca de 1.600 leões, 8.800 rinocerontes, mais de 7.000 girafas, 13.000 elefantes, 30.000 búfalos, 33.000 zebras, 98.000 impalas e muitas outras espécies não tão populares e ainda, 1.3 milhões de humanos visitando o parque anualmente.
O “Skukuza Camp”, onde estamos hospedados tem: Banco, caixa eletrônico,  locadora de automóveis, posto de gasolina, médico, livraria, posto policial, correios, restaurantes, cafeteria, loja de conveniência e uma enorme loja de souvenir e ainda um pequeno museu. Os “bungalows” têm ar condicionado, geladeira, banheiro com ducha quente e uma pequena cozinha equipada com utensílios básicos, como talheres, pratos, copos, panelas e etc.
Um dos restaurantes tem um lindo “deck” sobre o rio “Sabie”, muito apropriado para um romântico jantar a luz de velas. O outro restaurante, foi montado dentro de uma antiga estação de trem, onde tudo é original, até mesmo a locomotiva está lá, e a esplanada da estação e os vagões se tornaram os salões com suas mesinhas finamente decoradas. 
Magnífica estrutura  no "Skakuza Camp" 
9 de Setembro. Percorremos os 60 Km que separam o “Skakuza Camp” até a cidade de “Nelspruit” com muito conforto pois, fazia parte do combinado com nosso guia mas, sair de Nelspruit foi um dilema. Os três únicos ônibus diários com destino a Johannesburg, já tinham partido, pequenas vans que também cobrem a mesma linha, já estavam lotadas. Uma pequena companhia de transporte especializada em transportar “mochileiros”, cancelou a linha. Quase  três horas da tarde, ainda preso na cidade e não tínhamos resolvido nada. Nesse momento, a Miriam se lembrou de uma das maravilhas da tecnologia moderna que é a internet. Em um “Cyber-café” ao lado da praça central da cidade, a Miriam mandou um e-mail para nossa amiga Andria da Flytour, agencia de viagens no Guarujá, e em menos de uma hora, já estávamos com duas reservas de vôo em um pequeno avião com destino a Johannesburg.
10 de Setembro. Tomamos  o maravilhoso “Gautrain”, espécie de metrô construído para a ultima copa do mundo de futebol, a linha liga Sandton até Hatfield na cidade de Pretória, incluindo o aeroporto internacional “O.R.Tambo”.   Descemos em Pretória  para caminhar pelo centro da cidade, visitamos a Church square, a Kruger street e parte da Church street, rua que eles por aqui dizem ser a rua mais longa do mundo, esta rua de nome único e curto, tem 26 Km de extenção.
Do centro, de predominância negra, seguimos para Hatfield, bairro de predominância branca, aqui tudo é moderno e tem se a sensação de estar em qualquer pais do primeiro mundo. Edifícios projetados por arquitetos renomados, ruas largas muito bem limpas e conservadas, e uma infinidade de lindos restaurantes, bares, cafés e shopping centre.
Hatfield em Pretória, é tão bonita quanto Sandton em Johannesburg, porem Hatfield tem mais agito e também vida noturna. Aqui pode-se caminhar pelas ruas durante a noite, com a mesma tranqüilidade e sensação de segurança que caminhar durante o dia.
É isso aí meus amigos e amigas, mando algumas dicas interessantes para quem quiser se aventurar por este país. Como o sistema de transporte público quase não existe nos centros urbanos, então temos que usar o taxi mas, taxi por aqui também não é bem um taxi como na maioria dos outros países. Acontece que as Vans que fazem as lotações, transportando as pessoas  que trabalham na cidade para os bairros populares chamados de “Black Town”, são conhecidas como “MINIBUS-TAXI”, Por isso, toda vez que nós perguntávamos onde podíamos tomar um taxi, todos respondiam para não o fazer, pois seria muito perigoso. Os taxis como nós conhecemos, aqui eles são chamados de “CABS”ou " Safe Taxis"     
   Outra dica é para quem precisar de conexão WI-FI para internet. Poucos hotéis disponibilizam esse serviço gratuitamente, mas o Café e Lanchonete “NINOS” dentro do Shopping Sandton City, tem conexão banda larga grátis de boa qualidade e ainda comidinhas deliciosas com preços bem simpáticos.
Por final o restaurante italiano “GHIRARDELLIS” na “Nelson Mandela Square” têm massas muito saborosas e  com preços razoavelmente baratos, comemos aqui quatro vezes. Vale a pena conferir.

Africa do Sul - Parte 02, Sun City e Cape Town

Abraços a todos
Osmar e Miriam  

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