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terça-feira, 3 de abril de 2012

França - Parte 04, Alpes e Cote d'Azur

04 Alpes e Cote d'Azur
16 de maio -  São 137 quilômetros que separam Avignon de Digne-les-Bains, ótimo pensei, estou adorando dirigir por estas estradas com cenários tão lindos e variados, é um “relax” sem igual. Nada de congestionamentos nem de apressadinhos, não estou sentindo falta nenhuma de flanelinhas ou de motoqueiros costurando pela direita ou esquerda com aquela buzininha irritante. Ah, até agora ninguém veio me vender nada nos semáforos, outra coisa, quase não tem semáforos. A maioria dos cruzamentos tem rotatórias. Bem, vamos voltar ao assunto. 40 quilômetros antes de chegar em Digne-les- Bains fica a cidade de Manosque, a cidade em si, não tem muita diferença, é tão bonita quanto muitas outras, mas aqui fica a fábrica dos produtos “L’occitane”, e é lógico que a Miriam não quis perder a oportunidade de visitá-la. Paramos no centro de informações turísticas para agendar visita e na hora marcada, estávamos no saguão da empresa onde uma guia nos acompanhou e explicou tudo sobre sua linha de cremes e perfumes. Depois de algumas compras na loja da fábrica fomos ao centro histórico onde almoçamos  antes de retomar o caminho para os Alpes, onde fica nosso destino de hoje. 
“Le train dês Pignes” 
17 de maio - “Le train dês Pignes”.  Caminhos de ferro de Provence, esta estrada de ferro fundada em 1911, a justos 100 anos, liga as cidades de Digne-les-Bains à Nice na Cote d’Azur. Dos seus 140 quilômetros, percorremos 72, cruzando paisagens estonteantes, atravessando rios, vales, montanhas. Nossa primeira escala foi em “Annot”. Esta pequena cidade é cheia de locais para prática de esportes mais radicais, porém nós preferimos fazer um pequeno “Tracking”, uma caminhada até uma pequena capela construída no século XII. A trilha parcialmente pavimentada, foi reformada no século XIX, onde foram edificadas 15 colunas em pedra com uma pequena “casinha” sobre elas, e no interior de cada uma dessas “casinhas” uma pintura em azulejo com as cenas da “Via Cruces”,  todas pintadas por Claudio Renoir, filho mais novo do célebre pintor August Renoir.
“Via Cruces” 
Retomamos o trem e continuamos viagem até a cidade medieval de “Entrevaux”. Aqui e como viajar no tempo, a muralha, o portal e até mesmo a ponte levadiça sobre o rio estão perfeitos, e caminhar nas tortuosas e estreitas ruas nos faz sentir como se estivéssemos vivendo a séculos atrás.
Alguns moradores desta região da Provence, para fazerem graça, contam que este trem tem o nome de “Le train des Pignes” (trem dos pinhões), porque é tão lento, tão lento, que você pode descer do trem em movimento, colher pinhões e ainda voltar sem perder o trem. É lógico que hoje ele evoluiu muito, e isso é apenas uma piada.
18 e 19 de maio - Pé na estrada rumo a Cote D’Azur”. Praias, lá vamos nós!!! Montamos nossa base em Cote D’Azur na pequena cidade de Saint Raphael, para daqui partir e conhecer as demais cidades desta costa. Nossa primeira escolha não foi apenas uma cidade, mas sim um pequeno país, Mônaco ou Monte Carlo é um principado fundado em 1297, com mais de 700 anos de história, reduto do “Jet-Set”internacional.  Como não poderia ser de outra forma, o primeiro ponto turístico a ser visitado foi a praça do cassino, onde ficam os luxuosíssimos prédios do Hotel de Paris, Café de Paris, e obviamente o Cassino de Mônaco. Aqui nós nos demos alguns momentos de verdadeiro ócio, sentamos a mesa deste luxuoso café onde pudemos apreciar a movimentação dos “V.I.Ps” com suas Ferraris, Lamborghinis, porches e Rolls-Royces desfilarem a nossa frente, entregarem as chaves aos elegantemente vestidos manobristas e sentarem-se ao nosso redor para tomarem uma champagne e se refrescarem da estafante tarefa das compras nas lojas Prada, Louis Vuitton, Cartier, Gucci, Dior, Rolex, Montblanc, Hermes, Valentino, etc . e outros com seus carros conversíveis acompanhados de lindas modelos. Todo esse “glamour” nos fizeram sentir como se fossemos, eu o Príncipe Rainier e a Miriam a Princesa Grace Kelly, pelo menos hoje valeu a pena pagar os quase 15 reais de cada cafezinho que tomamos.
A magnífica vista da cidade a partir do balcão do Cassino, só era sensivelmente quebrada pelos  “guard rails”, tribuna de honra e os muitos cabos de TV espalhados pelas ruas por onde, daqui a alguns dias, se realizara o 69 Grand Prix de Mônaco de Formula 1. Agora entendo por que cada vez que parava um desses carrões na porta do Hotel Paris, uma legião de turistas sacavam suas câmeras fotográficas e corriam para conseguirem o melhor ângulo. Eu como não conheço a nova geração de corredores e construtores, não posso dizer quem eram essas “personalidades” .
Continuando nosso tour pelo principado, seguimos para o palácio dos Grimaldi e para o centro histórico, visitamos a catedral onde se casou a princesa Kelly,depois vagueamos pelo comércio local e pela marina Albert  I e terminamos nossa visita caminhando ao por do sol pela “Promenade Princesse Grace”.





Continua na página, França - Parte 05, Costa do Mediterrâneo


Abraços
Osmar e Miriam

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