23 de maio - Deixamos nossa base
24 de maio - Salon-de-Provence fica estrategicamente entre Marceille e Avignon, então voltamos a montar nossa base aqui, que é uma tranqüila cidade e fica fácil se locomover ao litoral ou ao interior.
“Fontaine-de-Vaucluse” |
Com relação a cidade, ao meu ver, parece uma cidadezinha de presépio, em sua praça central pude contar seis (plátanos), árvores antigas e muito grandes, plantadas em circulo, que cobriam toda a praça com uma agradável e gigantesca sombra. No centro da praça, um obelisco edificado em 1804 para homenagear “Petrarque”, um escritor e poeta que morou na cidade de 1337 até 1353. A leste, temos o caminho que leva à “Fontaine”, e a oeste, ao lado de um agradabilíssimo restaurante na margem do rio e com suas mesas ao ar livre, sob a sombra de frondosas árvores, faz fundo com as paredes de uma antiqüíssima igreja, “Saint Veran”, inicialmente construída no século VI sobre um templo pagão dedicado a divindade da fonte e no século XI foi destruída e novamente reconstruída pelos monges da abadia de Marseille.
Deixamos “Fontaine-de-Vaucluse” e seguimos rumo a Abadia “Notre Dame de Senanque”. Tomamos uma estradinha turística que cruzava lindos campos cobertos de pessegueiros, vinhedos e em especial, muitas cerejeiras carregadas de frutos, parece que estamos no ápice da temporada de cerejas nesta região. Não resistimos a tentação de parar o carro e colher um bom punhado das maiores e mais saborosas cerejas que já provei na minha vida.
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Notre Dame de Senanque com sua plantação de lavanda |
25 de maio- Confesso que percorri os quase 40 quilômetros rumo a Marseille com um pouco de preocupação, esta cidade carrega uma fama negativa com relação a segurança. Mas depois de percorrer o “Quai Du Port” e o “Quai de Rive Neuve”, fui relaxando e me sentindo totalmente integrado a esta magnífica e relativamente grande cidade. Digo relativamente grande, porque ela tem apenas 860.000 habitantes, bem menor do que Campinas no interior de São Paulo, mas é a segunda maior cidade da França. Posso dizer que essa fama é apenas uma lenda, pois esta cidade fundada pelos Gregos a cerca de 600 anos antes de Cristo, foi porto de entrada de milhares de emigrantes vindos da Itália, Córsega e dos Países Árabes e aqui nasceu o famoso bandido “Pierrot Le Fou”, que aterrorizou esta região, la pelos idos de 1930. Hoje tudo mudou e posso lhes garantir que me senti muito mais seguro aqui caminhando até mesmo pelas duas do “Quartier Du Panier” do que caminhando pelas ruas de São Paulo.
Basílica “Notre Dame de |
Passeamos pelo comercio local e também pelo “Marché des Capucins” o mais típico e mais barato de Marseille, depois fomos ao “Quartier Du Panier” onde fica a magnífica “Cathedrale N. D. de La Major ”. Parte dela construída com mármore verde vindo de “Florence” na Itália. Com dimensão comparável à Basílica de São Pedro em Roma. A pedra fundamental foi posta por Napoleão III em 1852. Visitamos também a “Vielle Charité”, antigo hospital e abrigo para pobres, hoje um importante espaço cultural. Caminhamos também pela “Rue Du Petit Puit”e “Rue Du Panier”, região onde foi filmada a famosa série de TV Francesa “Plus belle La Vie ”.
“Vieux Port” Marseille |
Apesar de termos andado bastante não foi possível visitar todos os pontos turísticos que pretendíamos, então voltaremos para Marseille ainda esta semana e depois eu conto mais sobre esta empolgante cidade.
Continua na página, França - Parte 07, Momentos de Preguiça
Abraços a todos
Osmar e Miriam
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