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terça-feira, 3 de abril de 2012

França - Parte 06, Retour a Salon-de-Provence

A linda e charmosa Cassis
06 Retour a Salon-de-Provence

23 de maio - Deixamos nossa base em Saint Raphael e seguimos para Cassis, uma pequena vila de pescadores que na temporada multiplica quatro vezes a sua população. A cidade é pequena, em apenas três horas já havíamos conhecido toda sua área comercial e central. A beleza e a fotogenia do local talvez seja o que atrai tantos turistas, tiramos  mais fotos aqui do que em cidades maiores. Fizemos um farto e delicioso almoço de muito “bom marche” e depois como sobremesa, fomos degustar  numa sorveteria próxima os gostosos sorvete de cassis, pequena fruta de nome homônimo da cidade. Logo após, seguimos viagem.
24 de maio - Salon-de-Provence fica estrategicamente entre Marceille e Avignon, então voltamos a montar nossa base aqui, que é uma tranqüila cidade e fica fácil se locomover ao litoral ou ao interior.
“Fontaine-de-Vaucluse” 
Hoje fomos para “Fontaine-de-Vaucluse”, esta fonte que dá nome a cidade, é a quinta maior do mundo. Imagine você, um grande poço com cerca de 40 metros de largura e uns 300 metros de profundidade no pé de uma alta falésia e que jorra aproximadamente 630 milhões de metros cúbicos de água cristalina por ano. Essas águas provem de uma bacia subterrânea com mais de 1100 quilômetros quadrados. Uma coisa curiosa é que seja, inverno ou verão, as águas nunca mudam sua temperatura de 13 graus centigrados.
Com relação a cidade, ao meu  ver, parece uma cidadezinha de presépio, em sua praça central pude contar seis (plátanos), árvores antigas e muito grandes, plantadas em circulo, que cobriam toda a praça com uma agradável e gigantesca sombra. No centro da praça, um obelisco edificado em 1804 para homenagear “Petrarque”, um escritor e poeta que morou na cidade de 1337 até 1353. A leste, temos o caminho que leva à “Fontaine”, e a oeste, ao lado de um agradabilíssimo restaurante na margem do rio e com suas mesas ao ar livre, sob a sombra de frondosas árvores,  faz fundo com as paredes de uma antiqüíssima igreja, “Saint Veran”, inicialmente construída  no século VI sobre um templo pagão dedicado a divindade da fonte e no século XI foi destruída e novamente reconstruída pelos monges da abadia de Marseille.
Seguindo o caminho em direção a fonte, visitamos o museu do papel. Instalado no antigo edifício que  sediou a primeira fábrica de papel em rolo da Europa, unicamente movida pela grande roda d’água que ainda está funcionando. Continuamos por mais alguns poucos minutos e atingimos o grande e impressionante poço da nascente.
Deixamos “Fontaine-de-Vaucluse” e seguimos rumo a Abadia “Notre Dame de Senanque”. Tomamos uma estradinha turística que cruzava lindos campos cobertos de pessegueiros, vinhedos e em especial, muitas cerejeiras carregadas de frutos, parece que estamos no ápice da temporada de cerejas nesta região. Não resistimos a tentação de parar o carro e colher um bom punhado das maiores e mais saborosas cerejas que já provei na minha vida.
Notre Dame de Senanque com
sua plantação de lavanda
Por volta das 14 horas chegamos a Abadia “Notre Dame de Senanque”, rodeada por uma grande plantação de lavanda, seu enorme edifício foi iniciado em 1148 e depois ampliado no século XIII e XIV. Não tenho muito que dizer da gigantesca Abadia a não ser do impressionante estado de conservação e do delicioso pão de mel com chocolate e do mel de lavanda que os monges produzem e que compramos e apreciamos ali mesmo.
25 de maio- Confesso que percorri os quase 40 quilômetros rumo a Marseille com um pouco de preocupação,  esta cidade carrega uma fama negativa com relação a segurança. Mas depois de percorrer o “Quai Du Port” e o “Quai de Rive Neuve”, fui relaxando  e me sentindo totalmente integrado a esta magnífica  e relativamente grande cidade. Digo relativamente grande, porque ela tem apenas 860.000 habitantes, bem menor do que Campinas no interior de São Paulo, mas é a segunda maior cidade da França. Posso dizer que essa fama é apenas uma lenda, pois esta cidade fundada pelos Gregos a cerca de 600 anos antes de Cristo, foi porto de entrada de milhares de emigrantes vindos da Itália, Córsega e dos Países Árabes e aqui nasceu o famoso bandido “Pierrot Le Fou”, que aterrorizou esta região, la pelos idos de 1930. Hoje tudo mudou e posso lhes garantir que me senti muito mais seguro aqui caminhando até mesmo pelas duas do “Quartier Du Panier” do que caminhando pelas ruas de São Paulo.
Basílica “Notre Dame de La Garde 
Estávamos tão a vontade que caminhamos por mais de sete horas pela cidade. Iniciamos nosso “Tour” pelo “Vieux Port” depois tomamos o “Petit-Train” e subimos os 162 metros de altura que leva à basílica “Notre Dame de La Garde”, de onde se tem uma soberba vista de 360 graus. Este local é para Marseille o que o Pão de Açúcar é para o Rio de Janeiro, um lugar mágico de onde se vê toda a cidade. Sobre a parte mais alta da basílica está a estátua da Nossa Senhora da Guarda, ela mede 9,70 metros de altura, é toda folhada a ouro e pode ser vista refletindo o brilho do sol de quase qualquer ponto da cidade.
Passeamos pelo comercio local e também pelo “Marché des Capucins” o mais típico e mais barato de Marseille, depois fomos ao “Quartier Du Panier” onde fica a magnífica “Cathedrale N. D. de La Major”. Parte dela construída com mármore  verde vindo de “Florence” na Itália. Com dimensão comparável à Basílica de São Pedro em Roma.  A pedra fundamental  foi posta por Napoleão III em 1852. Visitamos também a “Vielle Charité”, antigo hospital e abrigo para pobres,  hoje um importante espaço cultural. Caminhamos também pela “Rue Du Petit Puit”e “Rue Du Panier”, região onde foi filmada a famosa série de TV Francesa “Plus belle La Vie”.
“Vieux Port” Marseille

Apesar de termos andado bastante não foi possível visitar todos os pontos turísticos que pretendíamos, então voltaremos para Marseille ainda esta semana e depois eu conto mais sobre esta empolgante cidade.

Continua na página, França - Parte 07, Momentos de Preguiça

Abraços a todos
Osmar e Miriam

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