França - Parte 05, Costa do Mediterrâneo

05 Costa do Mediterrâneo

20 de maio - Nice já é mulher feita, não é mais a pequena menina que conheci a cerca de 20 anos atrás. Sim ela continua bela como sempre, mas a cidade de Nice já tem os problemas de transito e engarrafamentos como as grandes cidades, eu me perdi por duas vezes pelos emaranhados de viadutos e elevados, porem sua “Bord de Mer” é de uma candura de beleza e tranqüilidade. Milhares de turistas passeando pela “Promenade des anglais” e muitas mulheres em “top-less” bronzeando-se ao sol preguiçoso desta agradável primavera. Depois de caminhar pela orla, fomos visitar o centro histórico, o mercado provençal e o mercado de flores e, depois de um rápido “dejeuner”  seguimos para “Antibes”.

O luxo das barracas de praia

“Antibes” é banhada por uma  baia cheia de atracadouros e forrados de Iates. Lanchas e veleiros de todos os tamanhos imagináveis bem em frente a um enorme muro construído na idade média. Atrás desse muro a linda e viva cidade. Aqui tudo caminha ordeiramente, o velho e o novo coexistem agradavelmente, marinas luxuosas coabitam com prédios antigos muito bem conservados e pintados em tons suaves, um labirinto de ruelas que terminam em grandes praças cheias de gente circulando ou sentadas a mesa dos incontáveis bistrôs, brasseries e cafés. Para sair da cidade, por incrível que pareça, uma das ruas passa por cima da grande muralha romana que protegia a cidade na idade média, foi muito interessante dirigir numa rua tão inusitada.

Saint Tropez 

21 de maio - Saint Tropez. Quando se fala em “BB”, se você se lembra do Big Brother ou do Banco do Brasil, é porque você é mais jovem do que eu, porque eu me lembro da linda e eterna Brigitte Bardot. Então já que estamos por perto, porque não visitar sua cidade?.

Brigitte teve o Don divino de transformar duas pequenas cidades que eram apenas reduto de humildes pescadores, em duas potencias turísticas mundiais. Saint Tropez na França e Buzios no Rio de Janeiro, são hoje símbolos de Glamour e Riqueza.

Depois de percorrer a linda e estreita estradinha que corre pela “Bord Du Mer”,  visualizamos um  grande navio de cruzeiro ancorado na baia em frente a pequena “Saint Tropez”. Chegamos a Avenida em frente ao “Quai Jean Jaurez” em pleno sábado. Cidade cheia, só conseguimos estacionar, mesmo aguardando na fila, no segundo estacionamento.  Ruas lotadas de turistas, e olha que as férias por aqui começam em Agosto, mas “Saint Tropez” é especial, é só Luxo e Glamour, garotas finamente trajadas percorriam as ruas do comercio com suas sacolinhas com logos de grife a mão, restaurantes com mesas completas e centenas de iates e lanchas ancorados na marina defronte a rua principal. Porem nosso motivo para vir a “Saint Tropez”, foi porque Peter Mayle sita em seu livro sobre uma feira de produtos provençais, que acontece todo sábado na praça principal da cidade. La nós compramos alguns “souvenir” e quatro salaminhos de sabores e temperos variados de fabricação artesanal, uma delícia, dois deles comemos no primeiro dia.

Antibes 

22 de maio - Fica difícil dizer se o festival de cinema engrandece Cannes, ou se Cannes engrandece o festival de cinema. Se este festival fosse realizado em outra cidade, acho que não seria a mesma coisa.

Chegamos a Cannes em seu ápice, ultimo dia, a cidade transpirava “glamour”, dezenas de jornalistas e “paparazzis” acompanhando com suas câmeras as ilustres personalidades que saiam ou entravam nos luxuosos hotéis defronte ao palácio do festival.

Caminhamos pela Boulevard de La Croisette, onde se concentra grande parte dos hotéis de luxo, como o Carton, Magestic, JW Marrriot etc., e volta e meia, nova correria de jornalistas no encalço de mais um artista. Passamos a manhã toda apreciando essa movimentação, até que resolvemos parar  em um restaurante italiano na rua Antibes, onde pedimos um “Pate ao Rockford e um Pate a Carbonara”. Na mesa ao lado notei a presença de três brasileiros com o crachá do festival, então puxei conversa indagando se conheciam quais os filmes brasileiros participavam do festival, ao que me informaram que sim,  dois curta e dois longas, sendo um longa de nome “Trabalhar cansa” e que eles eram os realizadores do filme. Depois de um agradável dialogo, prometemos que vamos assistir ao filme quando chegarmos ao Brasil. Nosso próximo passeio foi uma subida a fortificação onde se localiza a “Eglise du Suquet”  ( Notre Dame de L’esperance) de onde se tem uma estupenda vista da cidade e toda orla. Quando demos conta, o dia já estava findando e era hora de retornarmos a Saint Rafael.

Vista de Cannes a partir de Notre Dame de L’esperance

Por hoje é só pessoal, assim que tiver mais um tempinho mando mais noticias.

Continua na página, França - Parte 06, Retour a Salon-de-Provence

Abraços a todos

Osmar e Miriam